sábado, 1 de dezembro de 2012

Contexto Histórico - Proclamação da República - I

Para compreender o contexto histórico de nossa nação nos anos que precederam a inauguração de Belo Horizonte em 1897, precisamos lembrar que a Proclamação da República acabara de alterar o status de nossa pátria.

Veja a notícia "quentinha" que saiu no jornal "O Estado de Minas Gerais" (n~]ao se trata do hoje Estado de Minas) em sua primeiríssima edição. Provavelmente, a inauguração deste jornal foi ato resultante do entusiasmo reinante.


Basicamente a Monarquia é deposta em nosso país, e instituído um Governo Provisório. Isto decorre do fato de que o Governo Republicano deveria convocar agora uma Assembléia Constituinte para eleger os representantes do povo.


As nomeações


Repare neste primeiro excerto da notícia, que o Governo Provisório reconhecia as obrigações anteriormente assumidas pela nação. Isto dava segurança aqueles que havia,m celebrado contratos, de que eles não haviam mudado. Todo o elenco de obrigações dos cidadãos, uns para com os outros, estava resguardado. O Estado de Direitos e Obrigações se mantinha, ou seja, socialmente, os compromissos estavam mantidos.

Os ministros nomeados

Aristides Silveira Lobo é nomeado Ministro do Interior. Ele é bacharel em direito, e já havia participado da edição de manifestos republicanos.


Quintino Bocayuva é nomeado Ministro das Relações Exteriores, além de acumular a pasta de Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.


Eduardo Wandenkolk é nomeado para o cargo de Ministro da Marinha. Rui Barbosa, conhecido como uma das pessoas mais inteligentes do país, bacharel em direito, foi nomeado Ministro da Fazenda.


Campos Salles é nomeado MInistro para assuntos da Justiça. Demétrio Ribeiro assume o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.


Para Governador do Estado do Rio de Janeiro, que abrigava a Capital Federal, é nomeado o Dr. Francisco Portella.


E para o Governo de Minas Gerais é designado o bacharel Cesário Alvim. Para a Bahia, Manoel Pereira.


Para chefe de Polícia da Capital, pois era vital manter a ordem, foi designado João Sampaio. E para o Diário Oficial, cargo importante para registro dos Atos do Governo, Júlio Diniz.


Este é um registro histórico-documental importantíssimo, que colocamos aqui para disseminação ampla entre a nação brasileira, pois só vemos esta história pelos livros, sem este tempero de realidade dado pela notícia impressa em papel da época.
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Fonte: Arquivo Público Mineiro

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